A terça-feira (15) trouxe uma triste notícia ao prestigioso Festival de Cinema de Gramado com o falecimento da renomada atriz Léa Garcia, aos 90 anos, devido a um infarto. A organização do evento teve que ajustar sua programação em homenagem à sua memória.
A família de Léa Garcia solicitou que a cerimônia de entrega do Troféu Oscarito, uma das honras mais tradicionais do festival, ocorresse naquela noite, no início da primeira sessão. Marcelo Garcia, filho da atriz, aceitou o troféu em nome de sua mãe, em um tributo emocional no palco do icônico Palácio dos Festivais.
Léa Garcia estava prestes a ser homenageada no festival ao lado da atriz Laura Cardoso. O Troféu Oscarito, que simboliza reconhecimento e admiração, seria concedido a essas duas figuras icônicas do cinema brasileiro, algo que não acontecia desde 1990.
A atriz deixou uma marca significativa no Festival de Gramado, conquistando quatro Kikitos, o prêmio máximo do evento, por suas atuações marcantes em filmes como “As Filhas do Vento” (2004), “Hoje tem Ragu” (2008) e “Acalanto” (2012).
Sua influência foi além das fronteiras nacionais, com uma indicação na categoria de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, em 1957, por seu papel inesquecível no filme emblemático “Orfeu Negro”, que posteriormente ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1960.
Apesar de enfrentar desafios de saúde, Léa Garcia continuou apaixonada e dedicada à sua arte, compartilhando suas lutas e resiliência em sua jornada artística devido a uma neuropatia decorrente da Chikungunya.
A noite de entrega do Troféu Oscarito celebrou a carreira inspiradora e o compromisso de Léa Garcia com o cinema. Familiares, amigos e admiradores se uniram para prestar uma última homenagem tocante a essa figura marcante da cultura nacional. A memória de Léa continuará a brilhar nos corações daqueles que foram tocados por sua arte e paixão pelo cinema brasileiro.
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