Expedição Darwin 200 Revisita Rota de Charles Darwin com Parada em Fernando de Noronha
O Projeto Darwin 200, uma expedição que recria a notável viagem realizada pelo naturalista Charles Darwin, a bordo do navio HMS Beagle, que resultou em sua icônica obra “A Origem das Espécies”, está previsto para passar por Fernando de Noronha. A embarcação escolhida para a jornada, o navio Oosterschelde, tem chegada programada à ilha em 2 de outubro.
A notícia foi divulgada por pesquisadores envolvidos na expedição, em cooperação com a Administração da Ilha e o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), nesta segunda-feira (25).
No dia 27 de dezembro de 1831, Charles Darwin embarcou em uma jornada científica que partiu da Inglaterra a bordo do HMS Beagle. Ao longo de cinco anos, essa expedição explorou diversas localidades, incluindo Fernando de Noronha, e culminou na publicação da teoria da Evolução das Espécies, obra que redefiniu a ciência moderna.
O Projeto Darwin 200, como definido pelos organizadores, é “uma expedição global inovadora de dois anos (2023-2025) cobrindo 40.000 milhas náuticas a bordo do histórico Oosterschelde”.
A pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Marina Sissini, membro do Programa Ecológico de Longa Duração (PELD), receberá a expedição em Fernando de Noronha e destacou: “Essa expedição vai visitar todos os portos visitados por Charles Darwin com o veleiro Beagle. O objetivo não é comemorar 200 anos dessa viagem, mas sim formar 200 jovens líderes conservacionistas.”
Sissini explicou que a expedição colaborará com o PELD e o projeto Observadores da Natureza para o Desenvolvimento Ambiental das Ilhas Oceânicas Brasileiras (ONDA ILOC). “Fomos selecionados para desenvolver um projeto com os ‘Darwin’s Líderes’. Vamos monitorar as colônias de corais para avaliar a saúde dos recifes de Fernando de Noronha. Já realizamos essa atividade e agora a executaremos com a equipe do Darwin Líder”, relatou.
Além disso, os estudiosos do Projeto Golfinho Rotador também participarão dos trabalhos em Noronha. Rafael Pinheiro, pesquisador do projeto, afirmou: “Vamos receber a equipe e estudar como eram os golfinhos na época em que Charles Darwin visitou Fernando de Noronha, como estão agora e como serão no futuro.”
Desde 1990, o Projeto Golfinho Rotador tem desempenhado um papel fundamental no monitoramento e conservação dos cetáceos em Fernando de Noronha, com o apoio do Programa Petrobras Socioambiental.
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