Vereador Carlos Bolsonaro Recorre à Justiça após Polícia Federal Negar Renovação de Porte de Arma
O vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, está tomando medidas legais para recuperar seu porte de arma, após a Polícia Federal (PF) negar a renovação do mesmo em julho deste ano. A PF suspendeu o porte da pistola calibre .380 de Carlos, alegando falta de documentação suficiente para justificar a necessidade do armamento em meio a ameaças que o vereador afirmava estar enfrentando. Carlos Bolsonaro alegou sofrer ameaças constantes, especialmente após o atentado a faca sofrido por seu pai durante a campanha eleitoral de 2018.
O vereador pretendia renovar a concessão do porte de arma por cinco anos em todo o país e, ao receber a negativa, decidiu recorrer à Justiça Federal do Rio de Janeiro. Ele planeja apresentar um mandado de segurança contra o superintendente da PF no estado, Leandro Almada, que lidera a PF no Rio desde fevereiro deste ano.
Carlos Bolsonaro argumenta que vive no Rio de Janeiro, uma das cidades mais violentas do estado, e que sua atuação política o coloca em situações de risco. Ele também afirmou possuir qualificação técnica para operar a arma de fogo. No entanto, a PF contestou a documentação apresentada, afirmando que não era suficiente para comprovar a necessidade excepcional do porte, conforme exigido por lei.
Além da tentativa de renovar seu porte de arma, Carlos Bolsonaro também enfrentou dificuldades ao tentar comprar uma pistola 9 mm. Desde julho, um novo decreto presidencial restringiu a compra desse tipo de armamento, o que resultou no indeferimento do pedido do vereador.
A situação coloca em destaque a contínua discussão sobre o controle de armas no Brasil e levanta questões sobre os critérios necessários para a obtenção e renovação de portes de arma em um país com altos índices de violência. Enquanto isso, Carlos Bolsonaro aguarda uma decisão judicial para resolver seu impasse com a PF.
Fotos Capa: Renan Olaz