Hamilton Mourão, ex-vice-presidente de Bolsonaro, denuncia medidas contra ex-presidente e aliados. Durante discurso no Senado nesta quinta-feira (08), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) convoca líderes militares a intervirem contra a condução arbitrária de processos.
Mourão declarou: “No caso das Forças Armadas, os comandantes não podem se omitir diante da condução arbitrária de processos ilegais que afetam seus integrantes perante a Justiça Militar. Oficiais da ativa, inclusive generais, estão sendo impactados por supostos delitos. Não há justificativa para a omissão da Justiça Militar”.
O senador, general da reserva, foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2018.
Após seu pronunciamento, Mourão reiterou à imprensa sua posição de que as investigações envolvendo militares suspeitos de crimes devem ser conduzidas pela Justiça Militar, enquanto o caso está atualmente sob a alçada do STF (Supremo Tribunal Federal).
“Existe a Justiça Militar. Nós temos militares que eventualmente podem ter cometido crimes em função militar. Esse é um assunto que o Exército deveria ter iniciado há muito tempo, o Inquérito Policial Militar”, disse aos jornalistas.
Ele também acrescentou: “[Deveria] estar supervisionando essa investigação e, se ao longo do processo ficasse comprovado que essas pessoas cometeram algum tipo de crime que não fosse relacionado à justiça militar, então deveriam ser encaminhadas para as autoridades responsáveis pelos demais inquéritos”.
A Polícia Federal deu início à Operação Tempus Veritatis, investigando uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe e subversão do Estado democrático. Alega-se que haja um interesse político em manter Bolsonaro no poder após a derrota para o presidente Lula (PT).