Gilson Machado (PL) Defende Propaganda Eleitoral e Rebate Acusações de Irregularidade
A campanha de Gilson Machado, candidato do PL à Prefeitura do Recife, afirmou na última segunda-feira (30) que não houve suspensão de sua propaganda eleitoral pela Justiça, em resposta à ação movida pela Frente Popular do Recife, chapa do atual prefeito João Campos (PSB). A Frente acusou Machado de veicular um direito de resposta falso contra Campos em seu guia eleitoral.
O vídeo em questão apresentava uma mulher com expressão séria alegando que João Campos havia disseminado fake news sobre as creches municipais. A peça utilizava elementos semelhantes aos das inserções da Frente Popular, veiculadas até a última quarta-feira (25), quando Campos obteve uma decisão favorável que lhe concedeu direito de resposta no guia do PL.
A juíza Nicole de Faria Neves, da 4ª Zona Eleitoral, argumentou que a propaganda de Gilson tinha “potencial de confundir o eleitorado” e se configurou como “uma simulação de Direito de Resposta não referendada pela Justiça competente”.
Em defesa, a equipe de Gilson Machado declarou que a propaganda contestada já não estava em circulação quando a decisão foi proferida. O advogado da campanha, Bruno Brennand, enfatizou que a decisão da juíza foi interpretada como uma medida cautelar e não se aplicou a outras peças publicitárias.
“Gilson continua sua campanha sem interrupções e está focado em levar sua mensagem ao eleitorado”, afirmou Brennand.
A Frente Popular do Recife recorreu à Justiça para solicitar a suspensão da exibição da peça publicitária, argumentando que ela simulava um direito de resposta inexistente. A juíza acatou o pedido e determinou a suspensão, citando o artigo 300 do Código de Processo Civil (CPC) em sua decisão.
“Diante de todo o exposto, DEFIRO PARCIALMENTE O PEDIDO LIMINAR para determinar à suspensão da veiculação da propaganda irregular”, escreveu a magistrada, acrescentando que “os representados [Gilson Machado e o PL] se utilizam de uma ‘fake news’ para acusar os demandantes de, supostamente, produzirem ‘fake news'”.
A situação destaca a acirrada disputa eleitoral no Recife, onde acusações e decisões judiciais estão moldando a dinâmica da campanha à Prefeitura.