Professores da UFRPE Encerram Greve em Decisão Contundente
Na noite de quarta-feira (19), no auditório da Associação dos Docentes da UFRPE (Aduferpe), professores do campus Recife da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) deliberaram pelo fim da greve da categoria a partir de 1º de julho. A decisão foi tomada após uma assembleia que contou com expressiva participação e resultou em 69 votos favoráveis ao término da paralisação, contra oito votos contrários e uma abstenção.
A assembleia foi marcada por intensos debates entre os docentes, que há meses vinham mobilizados em busca de melhorias nas condições de trabalho e nos recursos destinados à universidade. Entre as principais reivindicações atendidas pela proposta apresentada pelo Governo Federal, que obteve o apoio de 66 docentes, destacam-se a recomposição parcial do orçamento das instituições federais e a concessão de 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas.
Além disso, a proposta inclui a implementação de reajustes em benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche, bem como um aumento no reajuste linear oferecido até 2026, passando de 9,2% para 12,8%, distribuídos em etapas ao longo dos próximos anos.
No entanto, nem todas as assembleias tiveram o mesmo desfecho. Na tarde desta quinta-feira (20), professores do campus de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, se reunirão em nova assembleia para decidir sobre o rumo da greve na sua localidade.
Os resultados das votações serão encaminhados ao comando nacional da greve, onde será feita uma avaliação coletiva sobre o encerramento ou continuidade da paralisação em outras unidades e instituições federais do país. Vale ressaltar que, enquanto os professores da UFRPE optaram pelo fim da greve, técnicos e professores do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e técnicos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiram, em assembleia realizada também nesta quarta-feira (19), manter a greve.
O cenário reflete um momento de intensa mobilização e negociações entre o governo e as categorias do ensino superior público, marcado por uma busca contínua por melhorias estruturais e de condições de trabalho que impactam diretamente a comunidade acadêmica e estudantil das instituições federais em todo o Brasil.